domingo, 23 de novembro de 2008

Querido Papai Noel

Veja bem, primeiro gostaria de justificar esta singela cartinha. Estou escrevendo não porque acredite em você – aliás, na minha modestíssima opinião, se você existe mesmo é um tremendo filho da puta, que só manda presentes para quem tem grana (fica puxando saco de filhinhos de papai e mamãe que poderiam perfeitamente comprar os brinquedos de seus pentelhos mimados) – mas porque achei melhor não arriscar. Afinal, como diz aquele ditado espanhol: “Eu não acredito em bruxas mas que elas existem, existem (fica melhor em espanhol). Melhor prevenir, né não?

Então, como sou uma pessoa sensata, venho por meio desta solicitar o obséquio de me arrumar um namorado. Ando meio cansada ser avulsa, Papai Noel. (Aliás, posso te chamar de Noel? Ótimo.) Mas, veja bem, não é um namorado qualquer, não, que destes não há falta no mercado. Aliás, destes tenho de sobra, estou até dando de bandeja para quem quiser. Quer um? O senhor me parece meio chegado nestas coisas. Andando por aí de roupinha vermelha e um saco nas costas, sei não.

O que eu quero é O namorado. Para não deixar dúvidas em sua velha cabecinha, vou detalhar: o namorado que eu quero tem que ser perfeito pra mim. Ou seja, meu número, entendeu?

Pra começo de conversa, ele pode até ser bonitão, mas isto não é pré-requisito, viu? Ele tem que ter charme, isto sim. Um jeito de olhar, um jenesequá, saca? Um sorriso bonito, no entanto, é fundamental. Tem que gostar de se cuidar sem ser um fanático por forma física. Nada de fisioculturistas, por favor, e nem metrossexuais, credo. Me livre de homem que faça as unhas mais que eu. Tem que ter um certo Bronsons’ Style, mas sem as porradas. Moreno, é claro. Com barba por fazer. Não tenho preferências por altos, mas é bom ele seja, no mínimo, do meu tamanho. Captou tudo quanto à aparência? Beleza.

Agora, no entanto, vamos entrar na parte mais importante. O jeito de ser. Isto, Noel, é o que está difícil de achar. Veja se capricha, heim? Primeiro, o ideal é que ele seja experiente na vida. Já tenha casado e descasado, com filhos já crescidos (ou, pelo menos, maiores de 10 anos, me dou melhor com pré e adolescentes que com crianças). E não queira mais. Isso é fundamental. Em segundo, precisa ser uma pessoa segura e confiante em si mesmo. Que saiba seu caminho e como conquistá-lo. Não tenho mais saco para ficar segurando mãozinha de homens em crise, viu? É condição sine qua non que tenha bom humor e não seja depressivo. Que entenda minhas piadas e ria delas, comigo. Que prefira rir a chorar. Tô pedindo muito? Calma, ainda não terminei.

O namorado tem que saber conversar sobre tudo, mas principalmente sobre livros, política, economia, cinema e quadrinhos - sim, ele tem que gostar de quadrinhos, tipo Sandman ou X-Men, ok? Ah, de preferência, também deve ter uma boa biblioteca de livros de terror. Tem que ter também um bom gosto musical. Eclético, porém nada de rap, hip-hop, indie, eletro, psy, trance, estas coisas que só fazem tum-tum-tum-tum ou xitão-xitão-xitão-xitão na nossa cabeça. Funk? Nem pensar. Axé, também não, ok? Me livre de um aficcionado por trios elétricos. Ele tem que gostar de sair, mas não ser baladeiro. Cansei deste gênero, Noel. Prefiro que goste de dançar forró e, aliás, que saiba dançar.

Mas, principalmente, Noel, O namorado tem que ter paciência extra e grandes doses de compreensão. Não pode ficar me cobrando a falta de tempo nem a falta de vontade pro sexo, quando eu estiver sobrecarregada de trabalho. Tem que saber a hora certa de sumir e de aparecer, sem que eu tenha que ficar explicando tudo nos mínimos detalhes. Saber ficar quieto ao meu lado quando eu estiver triste e animado quando eu estiver alegre. E que NÃO queira juntar trapinhos porcaria nenhuma. Cada um na sua casinha, viu? Enfim, Noel, acho que ele precisa ter um botão de liga-desliga e baterias recarregáveis inclusas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

EU BEM QUE TENTO

Estava eu toda entusiasmada com o blog novo. Tinha uma série de idéias pra postagens.... Enfim, o problema é que estou sem tempo pra escrever. Trabalho, trabalho e mais trabalho têm consumido meus dias - e boa parte das noites também. Duro ser requisitada, ho. O negócio é que o blog vai ter que esperar mais um tempinho pra - efetivamente - deixar de ser um ensaio, hehe. Fique triste, não, meu único leitor. Logo, logo voltamos à programação normal.