sábado, 8 de agosto de 2009

Até logo, Patrão!

Morreu João Milanez. A história do jornalismo londrinense ficou mais triste. E sem graça.
Seo João, o Patrão de muitos de nós, era uma figura emblemática em Londrina. Embora nunca tenha exercido o jornalismo propriamente dito, era um homem de visão e respeitava seus funcionários como nenhum outro dono de jornal o fez ou faz, até hoje. Sabia da importância de um bom jornalista para empresa crescer. Enquanto esteve à frente da Folha de Londrina, o jornal era uma empresa boa para se trabalhar. Depois que foi passado pra trás por aqueles que confiava, a Folha nunca mais foi a mesma.
Eu tive a honra de trabalhar com seo João. E embora desbocado e malicioso com a maioria das pessoas - até gente que nunca tinha visto antes -, o que lhe causou inúmeros desafetos e a pecha de caricato, posso atestar que era uma pessoa de enorme coração. Nunca deixou de ajudar um funcionário quando este precisava e nunca lhe faltou com o respeito. Nós, as mulheres que trabalhavam pra ele, erámos as "vereadoras". Nunca uma "macaca", título que reservava para as que ele comia ou fingia comer, sei lá.
Tchau, seo João. O senhor vai ficar guardado com carinho em minha memória.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lei anti-fumo, mas que bosta!

Como mostra esta reportagem aqui, nós, os fumantes, somos bem educados, respeitadores da lei, etc. Ao contrário dos não-fumantes chatos, não queremos irritar ninguém. Assim, com a entrada em vigor da lei anti-fumo em São Paulo - e logo no Paraná, também, se depender da Maria Louca -, mostramos mais uma vez nossa civilidade. Não pode fumar ali? Não pode, então pronto. Não vamos fumar mais ali. Principalmente se tiver multa, he.
Isso não significa que vamos desistir de nossas santas baforadas acompanhadas da sagrada cervejinha de fim de semana (ou do meio de semana também, por falar nisso). Quando entrar em vigor a lei no Paraná (e eu não tenho dúvida que vai entrar), vamos procurar outros bares, oras. Aqueles que tem espaço aberto e não vão querer perder nosso rico dinheirinho. Já tenho alguns locais especiais que venho cultuando ao longo dos anos e que vão me receber de braços abertos, eu sei. Ainda bem que eu não gosto de boates. Nada daquele tum-tum-tum, nem xitão-xitão-xitão na cabeça, pra mim.
O problema é que os não-fumantes não vão parar por aí. Não, banir nossa fumacinha das baladas não vai ser suficiente que estes pernósticos. Eles são tão chaaatos, mas tão chaaatos que vão dão um jeito de cercear ainda mais nossa liberdade. Logo, vão arrumar um jeito de proibir o ato de acender um cigarro em plena rua. Aí sim vai virar uma meleca. Aí poderão ter que enfrentar uma revolta civil.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ah, a glória!

Estou me divertindo horrores com o tal do Twitter. Lá só posso escrever 140 caracteres por vez, mas é excelente para pensamentos rápidos e que ficam fora de contexto, o que eu tenho às vezes (aliás, sou ótima em pensamentos fora do contexto). Ou seja, o Twitter é bom pra aqueles momentos em que você tem uma ideia mas não o saco ou o tempo para desenvolvê-la.
Mas o mais legal é que, pelo Twitter, posso ficar próxima de umas bem pessoas bem legais e saber até o que alguns ídolos estão pensando naquele momento. Tipo assim, é o máximo ler os comentários que o Luís Fernando Veríssimo faz todo dia, até duas ou três vezes por dia. Só ele pra conseguir escrever uma crônica em 140 caracteres.
E minha emoção, ontem, ao descobrir que o LFVeríssimo também me segue no Twitter! Nossa, achei que fosse ter um troço. Tá, ele pode ser gentil e ter me adicionado só por educação. Não sei bem as regras de etiqueta neste novo meio de comunicação. Mas eu não adiciono automaticamente todo mundo que me segue. Será que ele faz isso? Hum, pode ser. Mas tanto faz. Tô feliz do mesmo jeito.
Porque o LFVeríssimo é meu ídolo desde que eu tinha uns 14 anos e li o primeiro livro dele que me caiu nas mãos. De lá pra cá, acompanho tudo o que posso da carreira dele, leio tudo (ou quase) que ele escreve - seja crônicas, livros, romances. Enfim, A-D-O-R-O o cara.
Adoro tanto que uma vez, ao encontrá-lo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, fiquei seguindo ele por quase uma hora, até chamarem o voo dele. Não tive coragem de me aproximar e pedir um autógrafo. Sei que ele é tímido e morre de vergonha destas coisas. Eu amo tanto este cara, que não quis fazê-lo passar por este constrangimento. Me arrependo até hoje.
Agora ele me segue. Mesmo que seja apenas no Twitter e não leia nada que eu escrevo. Mas é bom saber disso. É a glória!