quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A tartaruga no poste

Eu recebi um email hoje com esta singela historinha. Achei otÉma. Por isto, está ela aqui. Não sei quem é o autor. Infelizmente esta é a sina dos textos publicados na internet: o povo copia, distribui para os amigos e ESQUECE de mencionar a autoria. Tem texto meu circulando por aí, sem crédito nenhum, há tempos. O último que fiquei sabendo é do post "Sobre mercadões, quiosques e táxis". Enfim, vamos lá. Leia com atenção, vale a pena.


A tartaruga no poste

Enquanto suturava um ferimento na mão de um velho gari (cortada por um caco de vidro indevidamente jogado no lixo), o médico e o paciente começaram a conversar sobre o país, o governo e, fatalmente, sobre Lula e Dilma. O velhinho disse:
- Bom, o senhor sabe, a Dilma é como uma tartaruga em cima do poste...
Sem saber o que o gari quis dizer, o médico perguntou o que diabo
significava uma tartaruga num poste. E o gari respondeu:
- É quando o senhor vai indo por uma estradinha e vê um poste. Lá em
cima tem uma tartaruga tentando se equilibrar. Isso é uma tartaruga em
um poste.
Diante da cara de bobo do médico, o velho acrescentou:
- Você não entende como ela chegou lá;
- Você não acredita que ela esteja lá;
- Você sabe que ela não subiu lá sozinha;
- Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
- Você sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
- Você não entende porquê a colocaram lá;
- Então, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá e
providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente
não é o seu lugar!

Hohoho!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mas precisa?

Alguns leitores têm reclamado porque eu bato forte no Barbosa Neto e no Requião e esqueço do Tio Bila. Um deles me parou no coquetel do lançamento do livro do Paulo Briguet só para me cobrar um post contra o "vilão maior da política londrinense" (palavras dele, juro. Eu nunca usaria uma frase tão brega). Além disso, me cobrou maior assiduidade neste humilde blog e comentários sobre a política nacional. Ele se queixou que deixei passar alguns fatos extremamente relevantes e olha que ainda nem tinha caído a chefe da Casa Civil, he.
Bom, depois dessa, fiquei matutando e cheguei a conclusão que vou ter que me repetir aqui, com algumas explicações.
A primeira delas: Precisa mesmo falar sobre o Belinati? O cara é totalmente autoexplicativo e extremamente redundante, pessoas. Quem lê isto daqui, já sabe tudo o que eu teria pra falar sobre o assunto. A única coisa que eu posso acrescentar é que acho que a Justiça brasileira é muito lenta. Ponto. Acabou o assunto. Poderia discorrer um monte sobre a necessidade da revisão do Código Penal, da legislação eleitoral (o Ficha Limpa foi um grande avanço mas poderia ser melhor), da desonestidade de alguns advogados, etc. Mas sobre ele, especificamente, não acho que possa melhorar o que tantos outros já fizeram por mim.
A segunda coisa a explicar (de novo): meu blog não é um blog político. Eu não tenho obrigação nenhuma de informar, comentar e opinar sobre tudo o que está acontecendo na política londrinense, paranaense ou nacional. Também não é um blog de notícias nem tenho colaboradores me mandando informações em tempo real. Se você não leu, dê uma olhadinha no cabeçalho deste blog, onde eu explico o que acontece aqui. Vai lá, eu espero.
Pronto, leu? Entendeu ou quer que eu desenhe? Eu me proponho a falar sobre coisas que ficam martelando na minha cabeça, grudados ali como coco de cachorro na sola do tênis. Você já tentou tirar um coco de cachorro da sola de um tênis? Difícil, neám? Pode ser uma ação de algum político ou não, pode ser algo que me chamou atenção na TV, pode ser uma piada que eu queira compartilhar, pode ser uma crônica (sim, eu gosto de escrevê-las mas nem sempre de publicá-las). Pode ser sobre gatos - de quatro ou duas pernas. Pode ser sobre tudo ou sobre nada.
Resumindo: eu não tenho obrigação de ser especialista em um determinado tipo de assunto. E também não tenho que atualizá-lo todo dia. Eu escrevo sobre aquilo que me chama atenção no momento, quando acontece ou quando acredito que posso coordenar meus pensamentos suficientemente para escrevê-los.
Alguns leitores podem estar pensando que eu estou muito agressiva com quem me segue fielmente. Pode ser. E desculpe por isto. Mas a questão é: o blog é meu e eu escrevo sobre o que quiser. Se quer apenas coisas que você quer ler, faça um para si. E pronto.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A comédia do horário eleitoral

Sempre que posso, faço questão de assistir ao horário político-eleitoral na TV. Aliás, quero deixar registrado aqui meu protesto: ali não tem nada de horário gratuito. Quem paga pelo tempo que este povo usa para entrar em nossa casa todo dia, por quase dois meses, somos eu e você, leitor. O governo federal dá isenções enormes nos impostos das TVs e rádios para compensar a perda do lucro no período. E imposto que deixa de ser arrecadado, já sabe, é obra a menos para quem precisa. Ou verba a menos para se desviada, como tudo indica que acontece neste País. Justificam a atitude como uma forma de dar oportunidades iguais a todos os partidos. Mas qualquer um que tenha perdido um minuto de tempo assistindo aos programas sabe que isto não acontece.
Mas voltemos ao horário pseudo-gratuito. É muito hilário assistir. Tem gente com ar de pessoa séria e tem, também, aqueles que está na cara que estão ali apenas para tapar buraco e, quem sabe até, conseguir um pouquinho de votos para a legenda. Estes, geralmente, são servidores públicos que se candidatam a tudo quanto é cargo, em tudo quanto é eleição, somente para pegar quatro meses de licença renumerada nos respectivos locais de trabalho.
Tem um cara de Londrina, que eu não vou citar o nome mas é facilmente reconhecido para quem acomapnha a política municipal, que concorre há umas 15 eleições, sem nunca ter sido eleito pra nada. Acho que nem pra síndico do prédio em que mora. Esse cara é um dos que se beneficiam, a cada dois anos, dos quatro meses de licença. Ele não gasta nada, porque o partido providencia até os santinhos.
Se tirassem esta mordomia, que eu acho injusta para com os candidatos da iniciativa privada, o número de candidatos diminuiria assustadoramente. De vez em quando, um mais carismático consegue se eleger. Mas é pura sorte, mesmo. A não ser que seja, assim, um Tiririca da vida. Aí são outros 500.
Mas o problema maior do horário eleitoral é, na minha opinião, a cara de pau dos maus políticos que aproveitam a brecha para "aparecer bem na fita". Gente que, eleita, não faz nada a não ser pegar o seu salarião e verbas representativas no final do mês. Eu mesma fiquei surpresa ao ver no horário político um cara que, segundo ele, já cumpriu cinco mandatos como deputado estadual e sobre o qual não sabia nada, nem bem nem mal. Ou seja, o cara não serve nem pra ser corrupto. Imagine então fazer "a mudança" que todos prometem?
Mas o pior de tudo é que as pessoas continuam votando neste tipo de pessoa ou sendo enganados pelos populistas "bonzinhos" do "rouba mas faz". Isso cansa minha beleza. E quando minha belezura fica cansada, perco minha santa paciência, que anda cada vez mais curta. Cada vez que escuto alguém me falando que vai votar em fulano ou sicrano, olho bem para a cara da pessoa e respondo: "Vote sim, você merece ele como representante". Só não entendo porque ficam ofendidos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O cola-brinco do Requião

A repercussão dos tapas que o ex-governador e agora candidato a senador Roberto Requião levou ontem já foi divulgada em nível nacional. Um dos sites que divulgaram foi o da Folha Online. Acho pouco, deveria estar estampado como manchete dos principais jornais do País. “Requião leva tapão de correligionário”. Ho!
Para falar a verdade, sou contra agressão física. Acho que é pobreza mortal. Se a pessoa parte para a briga, é que perdeu totalmente a razão e a lucidez. Porém, no caso do ex-governador, tenho que admitir que alegra muito meu dia quando ouço falar de um soco ou tapa que ele tenha levado.
Porque, veja bem, há muito que este homem está pedindo pra levar uns bons de uns sopapos na fuça. Mas, enfim, o cara era governador e pega mal espancar um chefe de estado. Além disso, os seguranças voariam na jugular do oponente num piscar de olhos.
Por conta disso, o homem teve oito anos para se convencer que poderia falar o que quisesse, pra quem quisesse, na hora que quisesse. Achou que era rei e intocável. Ofendeu companheiros, correligionários, autoridades, eleitores e, principalmente, a imprensa. Nunca recebeu o troco merecido. Esqueceu que ele ESTAVA no poder. Pensou que ERA o poder.
Só que saiu, neám? Acabou a mordomia e virou cidadão comum. Mas deve ter imaginado que continuaria intocável. Perdeu, prayboy! Já foram dois episódios de nocaute em cinco meses. Mas até que foi pouco. Porque a empáfia continua. Tá ele lá no seu tuite arrotando arrogância e, pra variar, xingando a imprensa que divulgou o vale-tudo. Explicar de onde veio os U$180 mil dólares roubados da casa do irmãozinho ele não explica, neám?
Tenho pena do tenente-coronel Washington, que tem que fazer a segurança do homem. Um bom PM que está sendo desperdiçado nesta função. Ou, pensando melhor, talvez ele esteja fazendo a segurança do público contra o chefe. Faz mais sentido. Inclusive já sugeri ao Washington meter uma focinheira no boss para facilitar o trabalho. Mas ele não aceitou. Pena. Mas tudo bem. Enquanto ele tiver deixando os cara bater, está de bom tamanho, ho!