segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

BIZARRICE

Fumávamos, eu e Laila Menechino, um dia destes, em frente ao JL. Estávamos lá no maior papo e rindo muito, quando aparece do nada um senhor de seus 60 e poucos anos, com um sorriso de orelha a orelha. O senhor pára em nossa frente e diz: "Eu sou católico. Vocês são católicas?" Sem olhar uma para a cara da outra, respondemos ambas ao mesmo tempo: "Não". [Abre parênteses: fui criada como católica mas não me considero mais. Aliás, não sou nada, religiosamente falando. Fecha parênteses.] O homem fechou a cara no mesmo minuto, virou as costas e saiu, sem dar explicação nenhuma.
O fato me levou a conjecturar sobre vários detalhes do episódio. Acompanhe comigo.
1 - O cara estava todo feliz pelo simples fato de ser católico? Se sim, coitado dele. Vai ver que nada na vida dele lhe dá felicidade.
2 - Ele não se apresentou "olha, sou fulano de tal" mas chegou afirmando ser católico como se isto fosse tudo o que todo mundo precisasse saber dele. E daí que ele é católico? Ser católico [evangélico, budista, mulçumano, harekrishina, o que for] é garantia de ser uma pessoa honesta, correta? Não é o que eu tenho visto por aí.
3 - O fato de nem eu nem Laila pertencermos à religião dele, nos faz menos merecedoras de saber que porra ele queria? Parece que sim. Vai ver ele só fala com católicos e ninguém mais. Coitado, de novo.
4 - Não sermos católicas nos faz menos merecedoras, também, de continuarmos a receber o sorriso? Idem para o item 3. Parece-me também que nós também não merecemos a mínima gentileza, nem ao menos um "obrigado e desculpe-me, tchau".
Se todos os católicos estão agindo assim, hoje em dia, creio que o mundo ficou pior do que eu pensava. Ainda bem que sai desta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário