Pois é. A Maria Louca teve que copiar o Careca de São Paulo e agora é proibido fumar no Paraná. A assinatura foi hoje e a lei deve entrar em vigor dentro de 60 dias. Resultado: nós, fumantes, tivemos nossos direitos cerceados. Fumar sossegado, agora, só em casa ou na rua. Daqui a algum tempo, prevejo que na rua também seremos proibidos.
Principalmente depois que descobrirem que as bitucas jogadas nas ruas vão diretamente para nossos rios e lagos, causando uma poluição desgraçada. Ou você acha que os bares e restaurantes, órgãos públicos e outros vão colocar cinzeiros nas calçadas? O pessoal da ONG MAE deve estar com os cabelinhos em pé, pensando na quantidade de bitucas vão rolar pelas galerias pluviais. Marcelo Frazão, meu amigo, deve estar parindo gatinhos só de pensar, ho. Ele sempre pegou no meu pé quando jogava alguma bituca na rua. Ganhei vários porta-bitucas dele. Vou ter que usá-lo ou perderei um amigo.
Mas o que me deixa puta da vida, nisto tudo, é que insistem em dizer que estão protegendo os fumantes passivos de uma morte certa e usam uma suposta estatística da Organização Mundial de Saúde para justificar seus atos. Segundo esta estatística, o fumo passivo seria a terceira causa de morte evitável no mundo. Só que OMS nunca afirmou isto. Duvida? Leia aqui. O site Eu Fumo, que defende o fumante e não o fumo, traz notícias esclarecedoras, em leitura fácil, para que qualquer não fumante chato entenda.
Enfim, somos poucos agora. E vejo que seremos ainda menos amanhã. Mas, por minha parte, resistirei o máximo possível. E ainda tem bares que posso frequentar, ho.
Tem coisas que acontecem e que marcam. Ficam guardadas dentro da memória como cocô de cachorro na sola do tênis. Às vezes, são boas lembranças. Às vezes, não. Colocá-las em público é uma forma de exorcizar alguns demônios da minha mente. Tudo que você vai ler aqui, tem um fundo de verdade. Mas é a minha verdade.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Ainda sobre a Câmara
Batendo um papinho amigável com um membro do primeiro escalão do governo Barbosa Neto, estes dias, fiquei sabendo algumas coisinhas interessantes sobre a atual crise na Câmara de Vereadores de Londrina. Uma delas é que o Governo, de modo geral, está vibrando de alegria.
Segundo o informante, a crise fez alguns nobres vereadores baixarem a bola. Antes de estourar (a crise, não os vereadores, ho), era comum ver certas pessoas entraram na Prefeitura pisando duro e batendo no peito. "Agora, estão murchinhos, murchinhos", me disse entre risos. Segundo ele, os edis estão até usando palavrinhas como "por favor", "com licença" e "obrigado", verbetes até então desconhecidos no vocabulário da maioria, he.
Meu informante disse que, agora, o pessoal novato descobriu o poder da imprensa e, também, que vão precisar do apoio do Barbosa.
Segundo o informante, a crise fez alguns nobres vereadores baixarem a bola. Antes de estourar (a crise, não os vereadores, ho), era comum ver certas pessoas entraram na Prefeitura pisando duro e batendo no peito. "Agora, estão murchinhos, murchinhos", me disse entre risos. Segundo ele, os edis estão até usando palavrinhas como "por favor", "com licença" e "obrigado", verbetes até então desconhecidos no vocabulário da maioria, he.
Meu informante disse que, agora, o pessoal novato descobriu o poder da imprensa e, também, que vão precisar do apoio do Barbosa.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Pra não dizer que não falei da Câmara
Alguns leitores estão me parando na rua para reclamar porque não escrevi sobre os novos escândalos da Câmara de Londrina. Tenho que repetir, sempre, que este blog não é sobre política. Mas, depois, fiquei pensando em algumas coisas que gostaria de dizer. A primeira delas é que as denúncias que já apareceram – neste primeiro ano de mandato - desmentem a crença propagada sobre a “renovação” da Câmara. O legislativo londrinense pode até ter carinhas novas mas, até agora, as práticas têm se mostrado que são velhas conhecidas, né não? Acho que, até o final desta legislatura, muita coisa ainda vai rolar.
Sobre o nobre edil Rodrigo Gouveia e suas supostas práticas bonilhescas (obrigado, seu Paçoca) não tenho muito a falar. Não o conheço, nem a seus antecedentes, é novato na política. Mas tenho que confessar uma coisa: a primeira vez que vi uma foto do Gouveia, em plena campanha política, ele me lembrou alguém com aquele cabelinho gomalinado. Depois caiu a ficha. Ele me parecia Collor e seu clone paranaense Martinez. Tinha até um quê de Henrique Barros. Não sei vocês mas, pra mim, isto esfriou um pouco meu entusiasmo ao sabê-lo eleito. Tá, quem vê cara não vê coração, eu sei disso. Mas, sei não. Acredito muito em primeiras impressões.
Quanto ao Paulo Arildo, eu só tenho a dizer que, com seus projetos mirabolantes de moralização da sociedade, ele está muito preocupado em cuidar da vida dos outros. E, segundo o MP, dos salários dos outros também. Eu, particularmente, acho que moralistas são um chute no saco. Principalmente porque, como temos visto (às vezes em manchetes garrafais), nem padres e pastores estão acima das tentações mundanas. Espero apenas que o Molina (leitor deste blog, como ele mesmo me confessou) seja um pouco mais sensato em sua postura.
E, para finalizar, quero lembrar que, embora alguns vereadores sejam novatos na Câmara, vários estão há muito tempo por aí, em sindicatos, associações, entidades e até cargos públicos, para serem desconhecidos da mídia. A maioria dos jornalistas e blogueiros que cobrem a política londrinense conhecem estas figuras de outros carnavais. Isto significa que vão estar atentos a qualquer coisa que aparecer. E o MP também, como está provando.
Sobre o nobre edil Rodrigo Gouveia e suas supostas práticas bonilhescas (obrigado, seu Paçoca) não tenho muito a falar. Não o conheço, nem a seus antecedentes, é novato na política. Mas tenho que confessar uma coisa: a primeira vez que vi uma foto do Gouveia, em plena campanha política, ele me lembrou alguém com aquele cabelinho gomalinado. Depois caiu a ficha. Ele me parecia Collor e seu clone paranaense Martinez. Tinha até um quê de Henrique Barros. Não sei vocês mas, pra mim, isto esfriou um pouco meu entusiasmo ao sabê-lo eleito. Tá, quem vê cara não vê coração, eu sei disso. Mas, sei não. Acredito muito em primeiras impressões.
Quanto ao Paulo Arildo, eu só tenho a dizer que, com seus projetos mirabolantes de moralização da sociedade, ele está muito preocupado em cuidar da vida dos outros. E, segundo o MP, dos salários dos outros também. Eu, particularmente, acho que moralistas são um chute no saco. Principalmente porque, como temos visto (às vezes em manchetes garrafais), nem padres e pastores estão acima das tentações mundanas. Espero apenas que o Molina (leitor deste blog, como ele mesmo me confessou) seja um pouco mais sensato em sua postura.
E, para finalizar, quero lembrar que, embora alguns vereadores sejam novatos na Câmara, vários estão há muito tempo por aí, em sindicatos, associações, entidades e até cargos públicos, para serem desconhecidos da mídia. A maioria dos jornalistas e blogueiros que cobrem a política londrinense conhecem estas figuras de outros carnavais. Isto significa que vão estar atentos a qualquer coisa que aparecer. E o MP também, como está provando.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Pelos, pra que tê-los?
Embora o dia esteja frio e chuvoso, eu comecei a me preocupar com o verão. Sinceramente, quando tenho que trabalhar, prefiro o friozinho do inverno ao calor tórrido do verão brasileiro. Se estou em férias e posso pegar uma praia ou piscina, a coisa muda, claro. Nada mais gostoso que, naquele solzão de rachar, ficar sentada embaixo do guarda-sol, tomando uma cervejinha, comendo um camarãozinho e olhando a paisagem (leia-se como paisagem aqueles belos moços bronzeados de sunga, ho). Este ano me programei para fazer exatamente isso. Tudo bem que nos dois anos anteriores tinha feito a mesma programação e, na hora H, deu tudo errado. Mas a esperança é a última que morre.
Mas o que quero realmente falar, depois deste enorme nariz de cera, é sobre os moços de sunga. Gente, tudo bem que a maioria dos homens não usa sunga (ainda bem) e também não são exatamente uns ursos de tão peludos. Mas, tenha piedade, existem alguns que parecem uns tapetes. Homem com pelos nas costas é muito feio. Pode ser o Brad Pitt ou o George Cloney, se tiver uma cobertura costal à la Tony Ramos vai ficar feio como o próprio.
Mas ainda pior que o kit Tony Ramos são aqueles cujos pelos pubianos descem pelas cavas da sunga ou calção e se espalham pelas pernas que, geralmente, têm poucos pelos. É asqueroso, credo. Nossa, será que nunca ouviram falar em aparador de pelos? Será que estes homens nunca deram uma debastada nos pelos do saco? Tremo de pavor só de pensar.
Vai uma mulher colocar um biquini ou maiô sem estar depilada. Será crucificada em praça pública. Mas homem parece se orgulhar em ser a prova viva que descende do macaco. Custa ser um pouco mais caprichoso e higiênico? Tá, eu sei que homem só troca a cueca pra ir ao médico ou quando há a possibilidade de comer uma mulher nova. Mas tenha dó. Ninguém merece ver aqueles novelos de lã escorrendo água quando saem da piscina ou mar.
Não estou defendendo aqui os metrossexuais e aqueles esquisitos que se depilam inteiros. Não. Também gosto de um peito cabeludo na medida. Só o que peço - e não acho que é pedir muito - é um pouco de bom senso. Vamos cortar aquilo que está sobrando, pessoal. Uma aparadinha aqui, uma debastadinha ali e todos podem felizes. E se algum homem acha que estou por fora ou exagerando, é só dar uma conferida no seu filme pornô preferido. A maioria dos atores pornôs apara seus pelos. Isso cria uma ilusão de ótica, aumentando o tamanho do seu amiguinho. Sem aquela floresta amazônica pra atrapalhar, ele pode brilhar mais e maior, he. A mulherada agradece.
Mas o que quero realmente falar, depois deste enorme nariz de cera, é sobre os moços de sunga. Gente, tudo bem que a maioria dos homens não usa sunga (ainda bem) e também não são exatamente uns ursos de tão peludos. Mas, tenha piedade, existem alguns que parecem uns tapetes. Homem com pelos nas costas é muito feio. Pode ser o Brad Pitt ou o George Cloney, se tiver uma cobertura costal à la Tony Ramos vai ficar feio como o próprio.
Mas ainda pior que o kit Tony Ramos são aqueles cujos pelos pubianos descem pelas cavas da sunga ou calção e se espalham pelas pernas que, geralmente, têm poucos pelos. É asqueroso, credo. Nossa, será que nunca ouviram falar em aparador de pelos? Será que estes homens nunca deram uma debastada nos pelos do saco? Tremo de pavor só de pensar.
Vai uma mulher colocar um biquini ou maiô sem estar depilada. Será crucificada em praça pública. Mas homem parece se orgulhar em ser a prova viva que descende do macaco. Custa ser um pouco mais caprichoso e higiênico? Tá, eu sei que homem só troca a cueca pra ir ao médico ou quando há a possibilidade de comer uma mulher nova. Mas tenha dó. Ninguém merece ver aqueles novelos de lã escorrendo água quando saem da piscina ou mar.
Não estou defendendo aqui os metrossexuais e aqueles esquisitos que se depilam inteiros. Não. Também gosto de um peito cabeludo na medida. Só o que peço - e não acho que é pedir muito - é um pouco de bom senso. Vamos cortar aquilo que está sobrando, pessoal. Uma aparadinha aqui, uma debastadinha ali e todos podem felizes. E se algum homem acha que estou por fora ou exagerando, é só dar uma conferida no seu filme pornô preferido. A maioria dos atores pornôs apara seus pelos. Isso cria uma ilusão de ótica, aumentando o tamanho do seu amiguinho. Sem aquela floresta amazônica pra atrapalhar, ele pode brilhar mais e maior, he. A mulherada agradece.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Decisões, decisões...
Fui convidada para levar meu humilde Reminiscências para uma nova comunidade de blogs que vem por aí. Ela vai reunir alguns dos meus blogueiros preferidos que não vou falar quais são para não gerar ciúmes (ho!). O convite, por si só, já foi uma delícia. Mas, depois de ver o layout e todas as opções que terei, fiquei entusiasmada.
O problema é: será que segurarei a peteca junto a tão ilustres pessoas? Além disso, me informaram que a comunidade ainda vai ser divulgada na grande mídia por um dos blogueiros que também é um grande jornalista. Ou seja, será lido não apenas por amigos, conhecidos e xeretas em geral, mas por quem gosta de se informar também pelos blogs.
Caraca, é muita responsa pra quem, como eu, tem um blog apenas para se divertir e escrever coisas que não pode no seu trabalho diário. Aqui, eu escrevo o que me dá na telha. Besteiras ou não, palavrões, causos, verdades e mentiras, emoções, alegrias, angústias, desabafos, enfim, coisas do meu dia-a-dia. O quê, disto tudo, pode interessar a milhares de pessoas? Será que possibilidade de ser criticada não por um ou dois anônimos imbecis mas por centenas vai acabar com minha auto-estima?
No meu trabalho, eu não tenho medo de escrever, questionar, criticar, enfim, exercer minha função como jornalista. Quero mais que me odeiem, he. Mas quando alguém me propõe expor meu escritos pessoais...ixi, me bate uma tremenda insegurança. Meus contos estão inéditos até hoje por causa disso. E aí? Que faço eu?
O problema é: será que segurarei a peteca junto a tão ilustres pessoas? Além disso, me informaram que a comunidade ainda vai ser divulgada na grande mídia por um dos blogueiros que também é um grande jornalista. Ou seja, será lido não apenas por amigos, conhecidos e xeretas em geral, mas por quem gosta de se informar também pelos blogs.
Caraca, é muita responsa pra quem, como eu, tem um blog apenas para se divertir e escrever coisas que não pode no seu trabalho diário. Aqui, eu escrevo o que me dá na telha. Besteiras ou não, palavrões, causos, verdades e mentiras, emoções, alegrias, angústias, desabafos, enfim, coisas do meu dia-a-dia. O quê, disto tudo, pode interessar a milhares de pessoas? Será que possibilidade de ser criticada não por um ou dois anônimos imbecis mas por centenas vai acabar com minha auto-estima?
No meu trabalho, eu não tenho medo de escrever, questionar, criticar, enfim, exercer minha função como jornalista. Quero mais que me odeiem, he. Mas quando alguém me propõe expor meu escritos pessoais...ixi, me bate uma tremenda insegurança. Meus contos estão inéditos até hoje por causa disso. E aí? Que faço eu?
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Até que a morte ME separe, ho!
Vou te contar, esta história do Twitter mexeu comigo. Acho que só estou conseguindo pensar em 140 caracteres, he. Meus leitores assíduos (todos os três) estão me cobrando o retorno ao blog mas tenho me divertido horrores com o Twitter. Sabe cumé, né, ali não tenho obrigação de ser coerente, ho! Mas - seja para atender aos inúmeros pedidos ou para satisfazer minha vontade de ser um pouco mais prolixa no texto - voltei. Porém, um aviso: o que vou escrever agora pode não agradar muito aos meus três leitores. Morte não é um assunto muito popular.
Calma, ninguém morreu. É só que há tempos venho querendo escrever minhas impressões sobre a morte, de um modo geral. Lamento ser eu a lhe informar, mas você vai morrer. Para usar um chavão, a morte é a única coisa certa na vida de gente. Se nasceu um dia vai pro beleléu. Ponto. A contagem regressiva começa ali, no exato momento em que o bebê respira pela primeira vez. E ninguém sabe quando chegará ao zero. Eu torço que a minha zere quando estiver com 117 anos, fazendo sexo louco com dois rapagões de 17, ho! Mas eu sei que é esperar muito. Um rapagão já bastaria.
Brincadeiras à parte, não tenho medo de morrer. Tenho medo, sim, de perder alguém querido. Mas eu mesmo não me preocupo muito com meu passamento (ixi, coisa antiga!). Sei que vou, esperneando, chutando, xingando, mas vou. Como todos. Por isto, encaro na boa. Tem gente que fica nervosa só de tocar no assunto. Todos os anos, na época da renovação do meu seguro de vida, rola um stress com meu filho.
É sempre assim: é só avisá-lo onde pode localizar a apólice e lembrá-lo do que deve fazer se eu bater as botas de repente que ele fica nervoso. Acho que nem presta atenção direito naquilo que eu estou falando. Quer logo mudar de assunto. E eu me pergunto: por quê isso? Por quê o medo insano que leva um rapaz a não querer nem saber as providências tomadas para garantir seu próprio futuro?
Aliás, as pessoas têm tanto medo da morte que deixam de lado atitudes facilitariam a vida de todos. Não custa muito fazer um seguro de vida razoável, que vai deixar filhos e/ou cônjuge garantidos por, pelo menos, um período. Mesmo assim, são poucos os que o fazem. Acham que dá azar. Na minha modestíssima opinião, azar é não ter um e, de repente, bater as botas, deixando todo mundo que depende de você ao Deus dará.
E acontece. Você sabe disso. Uma pessoa totalmente saudável pode "ir desta pra melhor" em questão de segundos. Exemplo? Há alguns anos, perdi uma amiga de faculdade na idade avançada de 28 anos. Foi levantar da cama e caiu morta. Teve um aneurisma cerebral. Um outro amigo morreu, aos 40 anos, jogando tênis. Nunca tinha fumado, não bebia, praticava esportes regularmente, tava feliz com o novo casamento e... adeus. Uma conhecida, por sua vez, está internada na UTI de um hospital de Londrina com a vida por um fio: o da tomada do respirador que a faz continuar viva. E, para finalizar, vai dizer que não conhece ao menos uma pessoa que tenha morrido em um acidente besta de trânsito?
Enfim, morte é morte. Definitiva. E, por isto mesmo, deve ser encarada de frente, sem medo e com lucidez. Estando sempre preparados, quem sabe não consigamos enganá-la, heim?
Calma, ninguém morreu. É só que há tempos venho querendo escrever minhas impressões sobre a morte, de um modo geral. Lamento ser eu a lhe informar, mas você vai morrer. Para usar um chavão, a morte é a única coisa certa na vida de gente. Se nasceu um dia vai pro beleléu. Ponto. A contagem regressiva começa ali, no exato momento em que o bebê respira pela primeira vez. E ninguém sabe quando chegará ao zero. Eu torço que a minha zere quando estiver com 117 anos, fazendo sexo louco com dois rapagões de 17, ho! Mas eu sei que é esperar muito. Um rapagão já bastaria.
Brincadeiras à parte, não tenho medo de morrer. Tenho medo, sim, de perder alguém querido. Mas eu mesmo não me preocupo muito com meu passamento (ixi, coisa antiga!). Sei que vou, esperneando, chutando, xingando, mas vou. Como todos. Por isto, encaro na boa. Tem gente que fica nervosa só de tocar no assunto. Todos os anos, na época da renovação do meu seguro de vida, rola um stress com meu filho.
É sempre assim: é só avisá-lo onde pode localizar a apólice e lembrá-lo do que deve fazer se eu bater as botas de repente que ele fica nervoso. Acho que nem presta atenção direito naquilo que eu estou falando. Quer logo mudar de assunto. E eu me pergunto: por quê isso? Por quê o medo insano que leva um rapaz a não querer nem saber as providências tomadas para garantir seu próprio futuro?
Aliás, as pessoas têm tanto medo da morte que deixam de lado atitudes facilitariam a vida de todos. Não custa muito fazer um seguro de vida razoável, que vai deixar filhos e/ou cônjuge garantidos por, pelo menos, um período. Mesmo assim, são poucos os que o fazem. Acham que dá azar. Na minha modestíssima opinião, azar é não ter um e, de repente, bater as botas, deixando todo mundo que depende de você ao Deus dará.
E acontece. Você sabe disso. Uma pessoa totalmente saudável pode "ir desta pra melhor" em questão de segundos. Exemplo? Há alguns anos, perdi uma amiga de faculdade na idade avançada de 28 anos. Foi levantar da cama e caiu morta. Teve um aneurisma cerebral. Um outro amigo morreu, aos 40 anos, jogando tênis. Nunca tinha fumado, não bebia, praticava esportes regularmente, tava feliz com o novo casamento e... adeus. Uma conhecida, por sua vez, está internada na UTI de um hospital de Londrina com a vida por um fio: o da tomada do respirador que a faz continuar viva. E, para finalizar, vai dizer que não conhece ao menos uma pessoa que tenha morrido em um acidente besta de trânsito?
Enfim, morte é morte. Definitiva. E, por isto mesmo, deve ser encarada de frente, sem medo e com lucidez. Estando sempre preparados, quem sabe não consigamos enganá-la, heim?
Assinar:
Postagens (Atom)