Vou te contar, esta história do Twitter mexeu comigo. Acho que só estou conseguindo pensar em 140 caracteres, he. Meus leitores assíduos (todos os três) estão me cobrando o retorno ao blog mas tenho me divertido horrores com o Twitter. Sabe cumé, né, ali não tenho obrigação de ser coerente, ho! Mas - seja para atender aos inúmeros pedidos ou para satisfazer minha vontade de ser um pouco mais prolixa no texto - voltei. Porém, um aviso: o que vou escrever agora pode não agradar muito aos meus três leitores. Morte não é um assunto muito popular.
Calma, ninguém morreu. É só que há tempos venho querendo escrever minhas impressões sobre a morte, de um modo geral. Lamento ser eu a lhe informar, mas você vai morrer. Para usar um chavão, a morte é a única coisa certa na vida de gente. Se nasceu um dia vai pro beleléu. Ponto. A contagem regressiva começa ali, no exato momento em que o bebê respira pela primeira vez. E ninguém sabe quando chegará ao zero. Eu torço que a minha zere quando estiver com 117 anos, fazendo sexo louco com dois rapagões de 17, ho! Mas eu sei que é esperar muito. Um rapagão já bastaria.
Brincadeiras à parte, não tenho medo de morrer. Tenho medo, sim, de perder alguém querido. Mas eu mesmo não me preocupo muito com meu passamento (ixi, coisa antiga!). Sei que vou, esperneando, chutando, xingando, mas vou. Como todos. Por isto, encaro na boa. Tem gente que fica nervosa só de tocar no assunto. Todos os anos, na época da renovação do meu seguro de vida, rola um stress com meu filho.
É sempre assim: é só avisá-lo onde pode localizar a apólice e lembrá-lo do que deve fazer se eu bater as botas de repente que ele fica nervoso. Acho que nem presta atenção direito naquilo que eu estou falando. Quer logo mudar de assunto. E eu me pergunto: por quê isso? Por quê o medo insano que leva um rapaz a não querer nem saber as providências tomadas para garantir seu próprio futuro?
Aliás, as pessoas têm tanto medo da morte que deixam de lado atitudes facilitariam a vida de todos. Não custa muito fazer um seguro de vida razoável, que vai deixar filhos e/ou cônjuge garantidos por, pelo menos, um período. Mesmo assim, são poucos os que o fazem. Acham que dá azar. Na minha modestíssima opinião, azar é não ter um e, de repente, bater as botas, deixando todo mundo que depende de você ao Deus dará.
E acontece. Você sabe disso. Uma pessoa totalmente saudável pode "ir desta pra melhor" em questão de segundos. Exemplo? Há alguns anos, perdi uma amiga de faculdade na idade avançada de 28 anos. Foi levantar da cama e caiu morta. Teve um aneurisma cerebral. Um outro amigo morreu, aos 40 anos, jogando tênis. Nunca tinha fumado, não bebia, praticava esportes regularmente, tava feliz com o novo casamento e... adeus. Uma conhecida, por sua vez, está internada na UTI de um hospital de Londrina com a vida por um fio: o da tomada do respirador que a faz continuar viva. E, para finalizar, vai dizer que não conhece ao menos uma pessoa que tenha morrido em um acidente besta de trânsito?
Enfim, morte é morte. Definitiva. E, por isto mesmo, deve ser encarada de frente, sem medo e com lucidez. Estando sempre preparados, quem sabe não consigamos enganá-la, heim?
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