Tem pessoas que passam pela vida da gente como um furacão. Chegam derrubando tudo, levantando poeira, tirando o fôlego. Com essas pessoas, não tem meio termo. Ou você se entrega e voa sem rumo ou se ancora em algo, bem pesado, que lhe mantenha os pés no chão.
Mas a energia dos furacões é destrutiva. Eles só tomam, nunca dão. A liberdade de voar não compensa o sofrimento que causam. Os furacões não têm objetivos a não ser o de ser livres. São fenômenos que precisam do SEU calor para sobreviver. E quando ganham muita força, transformam-se em catástrofes sentimentais.
Um Katrina passou recentemente pela minha vida. Me deixou estremecida, fez balançar minhas fundações. E quase voei. Mas meus pés estão bem plantados no chão. Sei exatamente o que me ancora. E percebi os ventos mudarem antes de ser lançada aos ares. Consegui escapar – por pouco - antes que o rastro de destruição fosse maior.
Quero voar, sim. Mas em um voo bom, que me faça bem. Não em uma coisa louca, girando feito um pião, esperneando e bracejando sem ter onde me segurar. Quero planar, não ser arremessada por uma catapulta. Quero serviço de bordo e não ficar emendando as asas com cuspe e chiclete. Furacões? Never more.
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