sábado, 30 de janeiro de 2010

O tempo e o diploma

Foi só pra mim ou você também acha que janeiro passou voando? Antigamente (e bota antigamente nisso) parecia que um mês demorava um ano para passar. Um ano, então, levava uma década. Enfim, você, que tem mais de 40, deve entender o que estou falando. Se não tem, um dia vai entender. Pode esperar.
Bom, e porque estou escrevendo isso? É que sexta-feira, dia 29, meu filho se formou na faculdade. Ou seja, tô realmente ficando velha. Nem o nascimento do meu neto, há quase três anos, me deu esta consciência. Principalmente porque hoje, mulheres de 30, 34 anos já são avós. Mas vê-lo, ali, no Moringão, de beca, no mesmo lugar em que eu colei grau, há trocentos anos, me emocionou um monte. Principalmente porque ele foi na minha formatura, ainda um bebê de um ano e poucos meses. Agora era ele ali, no meu lugar.
Além desta constatação básica de que o tempo passou, a formatura do meu filho me deu também uma satisfação profunda, tipo dever cumprido, sabe? Acho que qualquer pessoa com filhos pode entender facilmente o que estou sentindo. Quando a gente tem filhos, faz o que pode e - às vezes - até o que não pode para criá-los bem, dar-lhes uma boa educação, um futuro melhor. A maioria dos pais tenta tornar suas crianças gente decente, que valha a pena ser chamados de seres humanos. Às vezes, nem sempre consegue.
Eu, me orgulho de dizer, consegui, apesar das minhas falhas como pessoa e até como mãe. Tá, tive ajuda do pai dele, por um bom período. Mas a bucha grossa caiu sempre nas minhas costas. Fui eu quem teve que falar de sexo, masturbação, aids e drogas com ele. Fui eu quem chamou a atenção e corrigiu os erros e também quem apoiou e deu os parabéns pelos acertos. Fui eu quem estimulou ele a estudar e ser alguém. Fui eu quem o fez crescer até se tornar um homem bom, sem preconceitos, de mente aberta e responsável pelos seus atos. Calma, ele não é perfeito. Tem falhas, sim, como todo mundo. Mas, de modo geral, posso dizer que fiz um bom trabalho.
Tudo que eu podia fazer por ele, eu fiz. Agora, é a vez dele fazer o máximo pelo filho. E eu vou estar atrás, sempre, dando meu apoio. Porém, a bola está com ele. Meu trabalho está feito.

3 comentários:

  1. Legal Telminha, orgulho de mãe, é isso ai o tempo passa, o tempo voa e nossos desejos aos filhos e que tenham vida boa, e criem nossos netos com sabedoria, bj grande. Roberto Brasiliano

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  2. que lindo! e manda as fotos, ô!

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  3. Telminha, parabéns pra você e pro Zé também. Mas não diga velho, não. Vamos valorizar a nossa carcaça, rsrsrs.. Legal ver você e a Zilma trampando no mesmo lugar. A Carlinha (Matida) disse que o Júnior Mariano também fará uns frela no JL. Que trio hein! Segundo ela, o JL terá de cobrar ingresso pra assistirem vocês três juntos. Alto astral! Bjs.

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